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31 de ago. de 2013

Série: Necessary Roughness

Essa série é fofa, leve, engraçada, divertida... ótima para aqueles momentos de tédio, quando é necessário relaxar. Ou pelo menos era até o final da 2ª temporada.

Nessa última temporada eles resolveram dar uma repaginada, mudaram quase tudo, tiraram personagens importantes da história... enfim, até o foco da série mudou. E com ele foi a leveza que tornava a série tão gostosa. Surgiram chefes malignos, com teorias da conspiração de alta tecnologia, mudanças de DNA e outras coisas meio surreais e no limite da paranoia. Mudou para a pior.
Mas vamos começar do começo porque essa série é legal e merece uma resenha que fale de suas melhores e pior temporadas.
Na 1º temporada somos apresentadas a Drª Dani Santino, uma mulher com 2 filhos adolescentes, casada que tem um consultório de psicologia apenas por ter, para se sentir útil. Então ela descobre que o marido está a traindo e sem nem pensar 2 vezes dá um pé na bunda dele, pede o divórcio e, na deprê de acabar um relacionamento de 15 anos, vai para uma boate, conhece um gatinho, dorme com ele. No dia seguinte, descobre que ele faz parte da equipe técnica de um grande time de futebol americano, conversa vai, conversa vem, ela acaba indo trabalhar com ele, sendo a psicóloga do time e tendo a responsabilidade de tratar da saúde mental dos jogadores. (Até porque, convenhamos, esporte de elite é mais psicológico que físico. Fisicamente são quase todos iguais, a questão é: Você aguenta a pressão?).
Mas em cada episódio ela trata esportistas diferentes, não apenas do futebol americano. Tem jogador de poker, tenista, motorista de carro de corrida... enfim, ela vai se especializando em todo e qualquer esporte. Lidar com a pressão, descobrir porque está acontecendo algum tipo de bloqueio (eles sempre estão com algum problema, perdendo tudo ou com medo de entrar em quadra/ringue/campo..., não conseguem seguir adiante e tem uma competição a poucos dias na frente e é o trabalho dela colocá-los na competição com a melhor chance possível.)
Esse é o padrão dos episódios. Falando assim pode parecer chato, mas não é. Todas as séries "médicas" tem fórmulas para seu semana a semana. E funciona muito bem.
E isso foi uma coisa que curti dessa 3ª temporada. Quando tiraram de vez ela do time de futebol americano e ela começa a trabalhar em uma agência, onde tem modelos, atores, escritores além dos atletas dos mais diversos campos. E ai começa a fazer sentido todos os casos dela.
Ou seja, os casos são interessantes, o que eles devem arrumar é a história dela. Fazer a personagem Dani Santino uma pessoa com problemas que o público possa se relacionar.
Sim, a série tem problemas. Inclusive de figurino. Como pode qualquer pessoa ficar sem crachá de identificação no vestiário/backstage dos jogos? No banco, ao lado do campo? Alguns personagens, com a mãe dela, que poderia ter sido uma personagem muito carismática, foi mal escala ou mal escrita, e no final não ficou legal. E SUMIU do nada. Não lembro de um motivo para ela simplesmente desaparecer, só percebi que ela reapareceu muitos episódios depois.
Outra coisa é que ela engravidou no último ano de escola, casou com o namorado de ensino médio/1º amor. 17 anos depois descobriu que ele traia ela e separou em um piscar de olhos. Depois quer ficar sério com outro homem. Em seguida. Sem parar para pensar, sem curtir estar solteira. Ela, aparentemente, não sabe o que é sexo casual. Tudo se desenvolve em relacionamentos sérios, pensamentos de casamento e uma nova família. Ela quase não sofreu com o término do relacionamento. O que é aceitável, mas sei lá.
E o casal que se forma depois é tão perfeitinho que estava ficando bastante sem graça a série. Os casos eram maneiros, mas a vida pessoal dela já estava organizada absurdamente. Não tinha conflito.
Depois eles criam o conflito, reescrevem, até que na 3ª temporada decidem tirar de vez esse casal da jogada, tirando o ator da série. (Isso foi uma boa sacada)
Confesso que vi o casal Nico e Dani na 1ª temporada, mas eles enrolaram para colocar em ação hein?!. Deixaram para 4ª temporada. Que eu espero que tenha, ou talvez não. Não sei. Para continuar eles devem voltar para o que adoramos nas primeiras temporadas, e evoluir a personagem. Mas algumas coisas, como os filhos dela, que foram completamente ignorados nessa última temporada, deveria voltar. A discussão familiar é uma coisa maneira nessa série. Os filhos mereciam mais destaque, apesar de terem mudado de personalidade no meio do caminho, DO NADA. O menino começou como um pegador com uma namorada por semana, e acabou apaixonado por uma vegan que mudou a casa inteira, para depois ir para a França com uma herdeira rica e mimada e por lá ficar.
A série é divertida, como já disse, mas em vários momentos penso que seria melhor se fosse no formato de sitcom e não com os 40 minutos atuais. Mas percebemos que o canal USA está investindo na série quando trouxe o John Stamos. Eu esperava um relacionamento amoroso quando vi, mas me decepcionei. Em vez disso encontrei teorias da conspiração, desvio de dinheiro, doping genético e etc...
E se você tem medo de assistir porque fala de futebol americano, e como eu, não entende nada do campeonato americano, relaxa. A série é sobre a pressão do esporte, e se você gosta de esporte, qualquer que seja, entenderá. Até porque se depender de entender o campeonato americano, já era. A única coisa que eu sei é que os playoffs não são a final. Mas aparentemente nessa série, ir para os playoffs é o bastante para um time. Eles não mostram derrotas.

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