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30 de mai. de 2013

Série: Once Upon a Time

Essa é o tipo de série que não sei se amo ou odeio. Já acabou a 2ª temporada e ainda não me decidi. E estou nessa de "vou parar de assistir, tá muito chato" para "cadê o próximo episódio?" desde o primeiro episódio basicamente. É a série que mais oscila entre bom e ruim nesses últimos tempos...
Quando lançaram a série, partiu com uma premissa muito boa. Uma reinterpretação dos contos de fadas. Só nisso já ganhou muito gente, inclusive eu. Somado a isso, colocaram alguns atores já queridinhos do público, e pronto: sucesso quase instantâneo. Mas para mim, a série oscila muito. Não consigo assistir um episódio por semana. Sempre deixo acumular 2 ou 3 para assistir de uma vez, porque no meio deles sempre tem aquele que não me interessa, mas terá um gancho interessante e no próximo ficarei mais feliz com a série.
É verdade que tem muito a se ler nas entrelinhas, e os fãs mesmo da série ficam quebrando cada frase, procurando dicas do que vem ai... Eles fizeram uma série bastante interativa, se você tem 13 anos, nada para fazer e tem tempo de ficar correndo atrás das diferentes versão, reinterpretando tudo o que os personagens falam, tentando adivinhar o que vem por ai, só para] nada daquilo acontecer...
Logo no primeiro episódio eu já me decepcionei um pouco, pois achei que a premissa de que a terra dos contos de fadas seria algo não real, ou algo que ficaríamos sempre questionando. O nosso querido Henry (um dos poucos personagens constantemente interessante) teria certeza da realidade, mas ninguém acreditaria nele, inclusive nós, a audiência, não teríamos certeza. Mas não, nunca fizeram esse mistério. A floresta encantada sempre existiu, eles sempre foram personagens, só a Emma retardada que não percebia isso.
Ao longo dos 44 episódios dessas 2 primeiras temporadas muitas histórias foram recontadas, mas no fundo, sempre foram as mesmas que já conhecemos. Talvez a única coisa que realmente fizeram de interessante foi misturar alguns contos de forma que eu ainda não tinha visto. Entrelaçou de forma interessante em alguns momentos, mas de forma péssima em outros. Tentando manter a essência de alguns personagens, eles perderam a história. E na tentativa de criar uma história, perderam alguns personagens.
Os fãs que me perdoem, mas a Jennifer Morrison está péssima no papel de Emma. Uma das personagens mais chatas da série. Os episódios que mais gostei foi quando ela e a Snow (interpretada por Ginnifer Goodwin - outra que está mais que chata no papel) estavam longe, na floresta encantada, e deixaram Storybook para o Charming, Henry e Regina. Esses três fazem a série funcionar bem.
Eu nunca odiei tanto a Branca de Neve como eu odeio agora, depois de Once Upon a Time. Por outro lado, nunca amei tanto a Rainha Má. Lana Parrilla está perfeita no papel, e consegue fazer a Regina apaixonada tão bem quanto a procurando vingança. E é por ela que continuo a ver a série, episódio após episódio. E quase desisto, pois os roteiristas foram medrosos e não tiveram coragem de destruir StoryBook., mas levaram os protagonistas para Terra do Nunca e fizeram do Peter Pan o maior vilão até agora. (oi? Como assim?)
Então o gancho para a terceira temporada foi muito bem feito. Finalmente dando ao Henry o destaque que ele merece. Agora é esperar para ver se conseguirão manter a qualidade, o que duvido. Vou continuar assistindo, vamos a mais uma temporada dessa série, e continuando a ser maltratada pelos roteiristas, que não se decidem.
Mas ela continuará sendo aquela série que assistirei quando não tenho mais nada para fazer...

25 de mai. de 2013

Livro: Uma Garrafa no Mar de Gaza

Quando esse livro foi lançado no Brasil eu tinha ouvido qualquer murmurinho sobre ele. Sei que tem um filme derivado (produzido pela França), e se eu não me engano esse filme chegou a ganhar algum prêmio... mas aqui no Brasil nunca chegou realmente, o que é uma pena.
Mas o livro traz uma realidade tão diferente da nossa que não é de se espantar que cause estranheza e desconfiança. Parece trágico, afinal, quando falamos "GAZA" só pensamos em guerra, homens bomba, intolerância religiosa... Nunca ouvi falar de nada bom na região, apesar de ter certeza que exista.
Voltando ao livro, ele conta a história de Tal e Naim, dois jovens separados por 60 km físicos e muitos km culturais. Como a própria Tal fala em uma de seus correspondências, como é fácil imaginar a vida de um americano médio, em seu High School, mas completamente impossível imaginar alguém do outro lado da fronteira entre Palestina e Israel. E essa distância física x distância cultural é grande em muitas partes do mundo, em várias cidades diferentes, mesmo quando não estamos em estado de guerra.
Tal é uma menina sonhadora, filha de pais fantásticos que sempre acreditaram que era possível paz entre os povos. Depois de vivenciar uma bomba perto de casa, resolve fazer contato com o outra lado da fronteira, pois se recusa a admitir que todos os palestinos são iguais. E ela descobre pelo menos um diferente, Naim. Com seu senso de humor e sacarmo delicioso de ler. Logo na sua primeira resposta já estava apaixonada. Um menino que não teve os privilégios que a Tal teve, mas nunca deixou de sonhar. Que mostra para ela as diferenças. E na troca de cartas, cada um descreve como viu/onde estava quando certos fatos ocorreram, assinatura de tradado de paz com o auxílio do Bill Clinton e a morte do primeiro ministro israelense. A esperança de paz sendo construída para em seguida ser estilhaçada com um tiro. Como tudo mudou em um segundo. Como proceder depois disso? De quem é a culpa?
Quando estava lendo o livro, jurei que teria um final trágico. Afinal, já se passa na faixa de gaza, fala de amor entre uma israelense e um palestino. Nas primeiras páginas já cita Diário de Anne Frank, depois Bonequinha de Luxo e em um determinado momento eles se comparam a Romeu e Julieta. Mas a verdade é que esse é um livro de esperança, e talvez por isso, tenha um final quase romântico. Egoísta, sim, mas necessário para ser minimamente real.
Minha única reclamação é quanto a diagramação do livro. Não há diferença entre a carta/e-mail e os diários de cada um dos personagens. Assim, começamos a ler cada capítulo sem saber quem está falando. É verdade rapidamente percebemos, mas uma diferença visual teria facilitado. E outra coisa foi a falta de data nos e-mails. Em alguns momentos ela reclama que ele não há responde em semanas, e nós não temos como "saber" porque os e-mails não estão datados. São detalhes assim que empobrecem um livro que tem uma narrativa linda e gostosa de ler.
Um livro que te faz rir, chorar, se emocionar e parar para prestar atenção que existem pessoas que são das regiões em guerra. E nós estamos aqui, sortudos, andando na rua sem medo de um carro bomba. (apesar de de vez em quando eles colocarem fogo no ônibus).

Obs. Quando estava lendo esse livro, me lembrei muito desse vídeo do TED. Um designer que criou uma forma de comunicação entre Iran e Iraque, mesmo no meio da guerra. É mais uma prova que a sociedade está pedindo paz. Ninguém aguenta mais guerras. (ia colocar sem sentido, mas não existe guerra com sentido...)






22 de mai. de 2013

Livro: As Vantagens de Ser Invisível

21 de maio de 2013

Querido Charlie,

Peço desculpas na demora em responder suas cartas. Um atraso de 20 anos é difícil de justificar, mas elas demoraram para chegar e acredito que foram alteradas ao longo do caminho. Como você não colocou nome, nem endereço de resposta, só me resta acreditar que algum dia você encontrará minhas palavras perdida em algum canto da internet, e entenderá que eu gostaria de poder ajudá-lo, não ser apenas seu ouvido no meio da confusão da adolescência.
Nas primeiras cartas suas que recebi, quase as joguei direto no lixo, não entendendo a preciosidade do que havia contida nelas. Seu português é muito fraco para alguém que tem 17 anos que está na turma avançada. Seu devolvimento foi sentido a medida que o tempo foi passando. Bill, seu professor de literatura, fez um bom trabalho com todos aqueles livros.
Você é de fato um menino especial, mais do que eu podia imaginar.
Sua adolescência foi muito mais conturbada que a de qualquer pessoa que conheço. Você sobreviveu situações que poucas pessoas sequer entenderiam. Algumas eu só entendi depois que li a próxima carta. E Charlie, você conseguia me surpreender a cada momento. Com seu jeito simples e delicado fui sentindo por ti o mesmo que você sente pela Sam e pelo Patrick. Um amor, um carinho muito grande. Ao longo de suas cartas, você se tornou meu amigo, alguém que posso admirar e perceber que a vida pode ser muito mais.
Queria poder ter te ajudado, impedido que várias coisas ruins acontecessem contigo. Gostaria de ter te protegido. Não quero que fique sozinho. Participe das atividade e vá levando a vida da melhor maneira possível. Um dia você irá conseguir tudo o que deseja, e conseguirá, como disse a Sam, ser mais que um ombro amigo, um ouvido. Você será você mesmo, e agirá como desejar.
Você pode até se achar invisível, mas faz mais diferença no mundo do que pode imaginar. Como disse o Patrick, você não só sabe o que está acontecendo com todo mundo, como também entende. Algumas vezes, melhor até do que a pessoa que está vivendo.
Gostaria de ter tido um amigo como você.
Não me importa qual o seu problema. Sei que você não é igual a todo mundo. Mas a tua diferença te torna real, verdadeiro. E por incrível que pareça, me fez me sentir próxima de você, me fez entendê-lo melhor quando tudo ficava confuso.
Você pode achar que escreveu as cartas apenas para ter um ouvido, para poder contar sua história, mas a verdade é que elas me ajudaram a ver as peculiaridades do mundo.
Não vou me estender muito mais nessa carta resposta. Como nunca mais tive notícias suas, imagino que tenha sobrevivido ao ensino médio, ido para a faculdade e hoje seja uma grande escritor. Talvez essas suas cartas se tornem seu primeiro livro. Nunca pare de escrever e continue melhorando.
E da próxima vez que desejar me escrever, envie direto, sem intermediários. E acredite, só quero ajudá-lo. Jamais o julgarei por viver de uma forma que eu não tenho coragem, por ser aquilo que você é.
Obs. Concordo com a sua irmã, e você deveria mesmo parar de fumar. E parar de usar drogas. Elas não prestam.
Com amor,
Carina


16 de mai. de 2013

Livro: Belo Desastre

Esse livro estava literalmente na minha frente e por isso o peguei para ler. Ganhei em um sorteio via twitter do blog Leitora Incomum. É.. eu não acredita nos sorteios até trabalhar com isso, e como passo boa parte do meu dia vendo esses blogs, acabo descobrindo as promoções e participando. De 20, uma se ganha.

Enfim... ontem cheguei em casa cansada, querendo dormir, mas tendo que resolver coisas no computador, estudar e etc. Eis que meu laptop deu pau, e não quis mais mais voltar a vida. (De vez em quando isso acontece). Como já disse, esse livro estava literalmente na minha frente e comecei a leitura só para esperar o computar reviver...
Quase virei a noite lendo e hoje fiz apenas o estritamente necessário pois NECESSITAVA saber o que iria acontecer. Fiquei completamente apaixonada por ele, pelo romance desfuncional e perfeito, pelas brigas e apostas...
Fui do inferno ao paraíso com o casal protagonista, me apaixonei e quebrei meu coração... nossa, foi uma série de aventuras para tão pouco tempo.
Travis é o tipo de personagem que faz as meninas ficarem solteiras para sempre, porque tipo, ele é o cara perfeito, mas completamente irreal. Ele participa de luta underground, mas com a Flor ele é um amor. Ele é a mistura perfeita entre o Bad Boy e o cara que vai estar lá para você. Ele mudou por ela, trocou seu estilo de vida. Ele é invencível no luta, mas não treina para isso...
E Abby é o que toda a menina quer ser, aquela capaz de fazer ele mudar por ela. E o melhor desse livro é que ela não é fraca, nem muito burra. Ela é bem normal. E seu poder especial? Ela sabe jogar poker! Really bad ass!!
O livro é perfeito em milhares de sentidos. Tudo bem que cansei de vê-los quase terminando, e sempre por motivos pífios. A ultima transa deles aconteceu algumas vezes ao longo do livro. O último beijo então... foram uns 20. Mas entre amor e ódio, eles são o casal perfeito. Sim, concordo que a relação deles é disfuncional e eu não aguentaria um romance daquele jeito na vida real, mas na ficção ficou perfeito.
Um outra coisa que curti muito da história é ter saído do ensino médio e ido direto para a faculdade. Sim, eles estão na faculdade!! E em muitos momentos me lembrou absurdamente Greek - minha série favorita, que já foi finalizada há algum tempo e sinto muita falta. O Travis é o Cappie menos hippie e mais violento. O Parker é o Evan. Abby é a Casey, querendo fazer a coisa certa, mas nem sempre conseguindo. Tudo bem, talvez eu esteja forçando um pouco a relação entre a série e esse livro, ainda mais da metade do livro para o final, que foi cada vez mais se distanciando e criando sua história. O Parker não assume no livro o papel que a Evan tem na série, apesar de no começo eu acreditar seriamente que iria. Ainda desconfio que pode ir, pois Parker e Travis pareceram ter uma história no passado. No livro, nunca houve de verdade um triângulo amoroso. O 2º gatinho nem chama atenção. Aliais, tem mais de um 2º gatinho... (só lendo para entender).
Esse livro tem trilha sonora. Acho que é o primeiro livro que li e viram as músicas na minha cabeça. São 2 músicas que contam sua história, ou melhor, combinam.
Essa do Maroon 5, que até o clipe acaba sendo relacionado com a história.

E essa da P!nk. Elas combinadas, geram as turbulências emocionais vividas pelos protagonistas, com suas situações de amor e ódio.

Bom, não tenho muito mais o que falar além de ter adorado o livro. Fiquei realmente muito feliz de ter ganho, pois jamais compraria esse livro voluntariamente. Ele não parecia ser meu estilo... e agora que comprar o livro em inglês para ler no original!

Obs. Apesar de ter um 2º volume que foi lançando recentemente nos EUA, esse livro tem começo, meio e fim. Um final meio exagerado e over romantic, porém fofo. E honestamente, combinou com esses dois doidos...

5 de mai. de 2013

Livro: Como se Livrar de um Vampiro Apaixonado

Todas as pessoas aqui do RJ que um dia já foram alguma vez ao Clube do Livro da Saraiva conhecem esse livro, pois a mediadora do clube adora ele e fala bem praticamente todo o evento. Pelo menos, todos os que eu fui (Que confesso, foram poucos. Gostaria de ter tempo para ir a todos). Mas mesmo o amor dela pela livro não me convenceu a comprá-lo, mas convenceu uma amiga, e claro, peguei emprestado.
Confesso que o livro começa muito chato. A garota é completamente retardada. Fala sério, que garota de 17 anos não sonha em ser princesa? Vampira ainda, deixa tudo mais interessante. Mas a retardada não, ela não quer. O cara é gato, cavalheiro, príncipe, quer casar com ela... e ela prefere o vizinho fazendeiro e comum. Para quem acompanha Vampire Diaries, é como se a Helena tivesse o Damon e o Stefan para escolher, e ficasse com o Matt. Fala sério, né? O Matt é gato e tudo, mas não é o Damon. (ou o Stefan, se você é dessas). Não bastando isso, ela é uma menina de 17 anos que nunca beijou. Em que mundo isso acontece?
Mas da metade para o final ela se encontra com seu lado vampírico, assume a rainha que há dentro de todas nós, mulheres, e vai à luta. Claro que para deixar tudo interessante, nessa hora ele não quer mais ela, e tá pegando a líder de torcida loira e gostosa. Oh mundo cruel.
Confesso que a mitologia do livro é muito legal. A autora foi nos clássicos e tirou um vampiro que vive em um castelo medieval na Romênia, tinha instrumentos de tortura e usava a sensualidade para atrair suas vítimas. Direto de Bram Stoker. Mas eu confesso que senti falta da malícia, do sexo, do sangue que passei a esperar de histórias de vampiros. Ainda mais daquelas que vão beber na fonte e não nos derivados atuais. Mas com a menina virgem de 17 anos, e o vampiro apaixonado, isso ficou em falta. Tudo bem que com o nome do livro eu já tinha perdido o direito de esperar qualquer coisa do gênero, mas tiveram algumas cenas que ficaram faltando essas partes. True Blood e Garota Tempestade me acostumaram mal.
O livro tem um quê de diferente. E por mais que eu gostaria de dizer que não gostei, estaria mentindo. Da metade para o final, o livro ficou bastante interessante. Mas eu escreveria bastante diferente.
Para mim, a menina seria completamente promíscua, fazendo mil jogos com ele e o deixando louco. Ele ia na contrapartida, primeiro tentando ganhá-la com o cavalheirismo, e depois sendo mais radical. Os pais dela eu manteria, sendo que eles achariam que ela é uma santa. E claro, ela faria algum tipo de luta ou defesa pessoal desde sempre e saberia se defender.
Eu colocaria a Faith como protagonista. Ela seria a minha princesa rainha. Maliciosa, malvada. Não a retardada que acha que colocar o vestido da mãe dará qualquer poder mágico a ela. Tá bom, roupas mexem com a nossa auto estima e com isso, acabam de fato fazendo um bom líder, até concordo. Mas a mudança dela é radical demais para ser explicada apenas por um vestido.
Enfim, esse livro é mais um "guilty pleasure".
É uma série, e sua falta de sucesso no mercado editorial significa que a continuação não será lançada em um futuro próximo. Tem um conto disponível na site da editora, talvez eu leia.
Obs. Acho que a sextante já sabia que o livro não daria grandes lucros, e por isso resolveu usá-lo como um catálogo. Além de não ter espaço entre os capítulos, tem 4 páginas com os títulos da editora (detalhe que de todas os gêneros, não respeitaram nem o público que o livro tem) além da última página com o marketing direto da editora.