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21 de abr. de 2013

Livro: Cidade dos Ossos

Confesso que estou lendo muito pouco. Em parte por falta de tempo, em parte por estar "presa" a livros que não estão me prendendo. Sou cabeça dura e gosto de ler o livro até o final. Se for para falar mal, tem que falar direito. Mas com a falta de tempo, resolvi que qualquer livro que não me prenda até a página 100 será deixado de lado em prol de leituras melhores. Meu tempo é curto e deve ser otimizado.
Dito isso, usei esse fim de semana/feriado no RJ, que deveria estar fazendo mil coisas para a faculdade, para tirar um tempo e ler um livro que me prendesse. E para isso escolhi Cidade dos Ossos. Comecei a ler no sábado de tarde, acabei de ler no domingo. Tá bom que em alguns poucos momentos do livro tive que forçar a continuar a leitura, em parte porque estava cansada e preocupada com as coisas que deveria fazer, em parte porque nenhum livro consegue ser interessante por completo. Mas sem computador ou tablet ou celular, consegui finalizá-lo. (agora a vida real me chama, mas antes quero escrever a resenha.)

Esse livro não é nada do que eu esperava. Talvez por ter uma citação da autora de crepúsculo na capa, imaginei que fosse mais para esse lado. Mas as referencias dele são de Harry Potter e Star Wars. Ele é uma mistura dessas duas séries, reinterpretadas. Claro, você pode pensar que mesmo essas séries de sucesso foram baseadas em alguma mitologia mais antiga, talvez a autora foi nelas se inspirar. É possível, mas pouco provável uma vez que você procura o currículo da mesma. Tudo bem, concordo que ela vai na Bíblia encontrar os anjos caídos, mas consegue de alguma forma, desvincular isso da igreja católica. Confesso que essa parte achei bem interessante. É também um livro de Urban Fantasy, afinal se passa em Manhattan e todos os seres supernaturais que você possa imaginar existe.
O livro tem como protagonista a Clary, apelido de Clarrisa, uma menina de 15 anos, prestes a fazer 16. (Talvez isso seja a única coisa de crepúsculo nessa história.) Ela descobre que ela não é quem achava que é. Começa a ver coisas que não deveria. Aparece um gatinho estranho e mal encarado. E como toda a boa mocinha  se apaixona pelo Bad Boy e deixa de lado o melhor amigo fofo. Coitado. Nada fora do normal.
Essa é a parte comum da história. Dentro dela a autora incluiu diversos elementos esquisitos, mas que ao mesmo tempo fazem perfeito sentido na narrativa. Tudo bem que enxerguei a milhares de km para onde ela estava levando a narrativa, e 50 paginas antes já sabia o que ia acontecer. Continuei a leitura esperando o que já havia previsto acontecer até que... aconteceu. Nenhuma grande surpresa no meio do caminho.
Sim, identifiquei muito Harry Potter. Desde dementadores, a história romântica dos pais. Só identifiquei a principal trama de Star Wars porque ela é bem óbvia. Não sou fã dessa segunda o suficiente para perceber outros elementos, mas aposto que estava presentes. Talvez por eu conhecer as referencias que ela usou relativamente bem, o livro tenha ficado tão previsível.
A magia angelical, mas ao mesmo tempo fora da igreja católica, me deixou pasma por um tempo. Ela conseguiu usar anjos e nefilins e não cair no apocalipse. Não tem deus em sua briga eterna com Lúcifer. Tem o Santo Graal, mas a função dele é completamente diferente. A grande questão é se ela vai conseguir manter a mitologia bíblica fora da Bíblia pelos próximos livros.
A magia dela é diferente.
Se eu continuar escrevendo mais sobre o livro, vou acabar contando muito spoiler e o melhor desse livro é ler sem saber nada a seu respeito, que foi o que fiz. Sabia muito pouco, apenas que vai virar filme.
Claro que assim que acabei de ler, fui ver o trailer no youtube. Confesso que está bastante diferente da minha imaginação. Vamos ver como vai sair no final.
Já deu para perceber que super recomendo, né?
Obs. O livro, apesar de uma série, tem começo, meio e fim. Tem ganchos para os próximos, mas nada absurdo que me deixe com raiva de não ter a continuação em mãos.

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