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2 de mar. de 2013

Livro: A Letra Escarlate

Mesmo que nunca tenha ouvido falar o nome desse livro, eu tenho certeza que alguma parte da história você irá reconhecer. É um clássico norte americano. É para eles como... Machado de Assis é para gente - leitura obrigatória de Ensino Médio. E como todos os grandes clássicos, já foi citado em muitos filmes, séries e até em outros livros mais recentes, e foi em uma dessas que fiquei curiosa para conhecer. (Esse ano eu me fiz uma promessa de não focar apenas nas novidades, mas ler um pouco dos clássicos que estão na estante a tempos me olhando - afinal passaram de geração).
A história é meia doida, e bastante previsível (atualmente que já vimos isso acontecer milhões de vezes - para a época, deve ter sido revolucionário).
O livro começa com a Hester Prynne, a protagonista, sofrendo uma humilhação e sendo condenada a usar uma letra A escarlate do lado esquerdo do peito para o resto de sua vida. Todo esse escândalo porque teve um caso com alguém da cidade puritana e... engravidou. Se recusa a contar quem é o pai da criança e ninguém desconfia que é... adivinhem? O mais clássico dos casos proibidos!
Mas para piorar a situação, ela seria supostamente viúva - pois o marido a havia enviado para se estabelecer na cidade americana que ele iria depois e nunca apareceu. No entanto, como eu todo a boa história, reaparece justamente quando ela está com o bebê nos braços sendo humilhada. O senso temporal das pessoas é impecável.
E dai é aquele lero lero de sempre - o marido não se revela e promete vingança ao pai da criança, este por ser temente a Deus começa a sofrer de culpa (que culmina em sua morte, obviamente. Até estranhei que a criança tem um final feliz e Hester morre de velhice - solitária e humilhada, de certa forma por escolha, mas morre naturalmente.)
Bom, é um clássico, cheio de detalhes e com uma forma de escrita bastante peculiar, talvez até mais interessante que a própria história. A letra escarlate, presa na roupa, já virou um simbolo quase de liberdade feminina, apesar de no livro representar a repressão. É um pouco do "deixe que falem, eu faço o que quero". E a protagonista meio que se redimiu para com a sociedade, se curvando a ela e virando a mulher mais caridosa da Terra. Não acho que eu seria capaz...

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