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5 de jan. de 2013

Livro: Perfeitos

Depois de tanto tempo presa em Herança, ler um livro como Perfeitos foi bem perfeito. Não que essa continuação de Feios seja o melhor livro do mundo, não é. Mas assim como o primeiro, é um livro gostoso e rápido de ler. É quase relaxante e por mais que o tema proposta queira te fazer pensar na nossa sociedade, a verdade é que esse segundo livro é como uma passagem. Não levanta questões importantes nem nada do gênero. Tudo que seria para ser refletido foi dito no primeiro livro e meramente repetido nesse.
Um ponto muito positivo, dessa vez o gancho pro próximo livro foi muito bem feito, e estou me remoendo aqui querendo comprar e ler o próximo. Talvez até pelo fato desse livro ser uma passagem, nos apresentando personagens e situações que merecem uma olhada com mais calma e deixando a pensar que no próximo voltaremos aos tópicos.
Quanto a narrativa do livro, temos agora Tally como uma perfeita. No final de Feios ela voltou para a cidade, com o objetivo de sofrer a operação, se transformar em perfeita e testar a cura para as "lesões no cérebro" feitas pelo governo para manter a população calma.
Agora como perfeita a questão é lembrar o objetivo de tomar a cura. Descobrimos que a operação e as lesões servem também para acabar com a memória pré-operação da população.
E ai como todo o livro juvenil, tem que ter 2 gatinhos. E surge o Zane - o que eu não curti. Pois o Peris já nos havido sido apresentado como melhor amigo e tudo no primeiro livro, e nesse ele continua de coadjuvante, servindo apenas para nos mostrar que existem pessoas conformistas, e que preferem viver da forma já estabelecida, e estão felizes desse jeito.
Enfim, o Zane é um perfeito que não quer ter cérebro de perfeito. E ele percebeu que quando as pessoas ficam agitadas - adrenalina é liberada - a memória pré-operação tende a voltar um pouco. Quanto maior a excitação, maior o tempo e a memória que as pessoas conseguem acessar.
Claro, ele deseja a cura. Ele deseja a memória de volta. E isso acaba levando ele para perto da Tally. Que sem a memória do fofo do David, acaba namorando o Zane.
E o reencontro mais esperado entre David e Tally foi tão rápido, com uma discussão de relacionamento em tão poucas linhas que senti muita falta. Ela escolheu o Zane muito rápido e ainda chamou o David de feio. Coitado. Nenhum personagem merecia sofrer desse jeito.
Mas coitada mesmo é da Shay. Que depois de perder o David para a Tally ainda perdeu o Zane para a mesma "amiga". A cada livro ela perde um possível namorado para a protagonista. Pelo menos nesse livro ela se tocou e resolveu se defender. Muito bom pra você Shay!
Tudo bem que o Zane não era exatamente o namorado dela, mas tinha potencial se não fosse pela Tally.
E nesse mundo perfeito que percebemos porque a protagonista é a protagonista. Finalmente acontece algo com ela que a diferencia de uma garota normal de 16 anos. Claro, ela tinha conseguido passar pela floresta e talz sozinha, chegar na fumaça e etc... mas só agora, quando as lesões não afetam completamente sua memória, que percebemos que ela é, de fato, especial.
Como já disse, é um livro de passagem. Se você não leu o primeiro, não achará graça. Se leu, vai querer o próximo para ontem.

obs. Ter aula com o Paulo Vaz, por mais que eu adore, estragou o livro pra mim. Não consigo mais lê-lo sem analisá-lo dessa forma - o que acaba tornando o livro extremamente lugar-comum.

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